Cientistas desenvolvem novo catalisador que usa luz para converter dióxido de carbono em combustível.
Imitando a fotossíntese, o novo sistema utiliza a luz para produzir metano.
Zetian Mi, engenheiro eléctrico da Universidade de Michigan, Ann Arbor, e a sua equipa desenvolveram um novo catalisador à base de cobre e ferro que usa a luz para converter dióxido de carbono (CO2) em metano. A inovação baseia-se em anos de trabalho, onde descobriram que as partículas de cobre mostraram-se promissoras na conversão de CO2 em outros compostos ricos em energia.
No entanto, a eficiência foi tão baixa que os investigadores foram levados a considerar o emparelhamento de cobre com outros metais. Em Março de 2019, Mi e os seus colegas descobriram que um catalisador à base de rutênio e zircônio cresceu sobre matrizes de nanofios de nitreto de gálio absorvente de luz (GaN) que convertem CO2 em formato de forma eficiente. Mas esse infelizmente não foi um combustível útil.
Agora, Mi e a sua equipa criaram uma nova receita para a produção de metano, um combustível útil. Eles usaram os mesmos nanofios GaN e adicionaram pequenas partículas de 5 a 10 nanômetros de largura, consistindo numa mistura de cobre e ferro.
Agora, a instalação funciona de maneira semelhante à fotossíntese. Se houver luz, CO2 e água, o sistema converte 51% da energia da luz em metano. E é tão rápido!
"Este trabalho apresenta uma rota única, altamente eficiente e barata para a síntese de combustíveis solares", escrevem os investigadores em seu artigo publicado no Proceedings da Academia Nacional de Ciências. Isso ocorre porque todos os materiais no sistema actual são baratos e abundantes.
Agora, o sistema simplesmente precisa de melhorar a sua taxa de eficiência. Feito isso, podemos realmente ter uma configuração que imite a fotossíntese, dando-nos uma melhor opção do que usar os combustíveis fósseis trazendo consequentemente mais poluição.
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