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QUEDA DE ACTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL NA EUROPA ABRANDOU


Foto de Mário Pereira

A ACTIVIDADE DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA ZONA EURO CONTINUA A CAIR MAS A UM RITMO MENOS ACENTUADO DO QUE A QUEDA RECORDE DO MÊS DE ABRIL 2020


O Índice de Actividade de Construção da Zona Euro, subiu para 39,5 em maio, acima do recorde mínimo de 15,1 em Abril. Uma leitura mais recente indicou uma queda mais lenta, mas ainda acentuada, nas actividades de construção na zona do euro.


Na Europa

Os dados da pesquisa mostraram que a Alemanha e a França registaram pelo terceiro mês consecutivo uma queda na produção de construção. Por outro lado, a Itália registou um aumento marginal na actividade de construção. O sector de construção da zona do euro permaneceu atolado na sua maior desaceleração alguma vez vista, em Maio, de acordo com os últimos dados obtidos. No entanto, a taxa de declínio diminuiu consideravelmente, à medida que as restrições às operações comerciais e aos trabalhadores diminuíam. De facto, a Itália registou um pequeno aumento na produção de construção, embora a Alemanha e a França ainda registassem quedas, embora a taxas muito mais lentas. O lançamento de novas obras continuaram em declínio, mostrando até que ponto a procura por serviços de construção permaneceu profundamente afectada pela pandemia do Covid-19. Como resultado da queda nas vendas, as empresas continuaram a reduzir a sua actividade de compras, o emprego e o uso de subcontratados. A perspectiva permaneceu pouco animadora, com grandes preocupações sobre o impacto a longo prazo do COVID-19, pesando muito sobre o sentimento generalizado desta industria nos negócios.

A actividade de construção de casas na zona do euro caiu ainda mais em Maio, embora a taxa de declínio tenha diminuído consideravelmente em relação ao recorde de Abril. A desaceleração nos projectos de construção de moradias foi liderada pela França e pela Alemanha. Por outro lado, a Itália registou um aumento na actividade de construção de casas após um período de dois meses de fortes quedas. O trabalho realizado em projectos de construção comercial na zona do euro também caiu no meio do segundo trimestre. Dito isto, o ritmo de contracção diminuiu acentuadamente de uma queda recorde em Abril, embora ainda permanecesse acentuado. A maior contracção foi registada na França, seguida pela Alemanha. Novamente, a Itália registou um crescimento após o colapso da actividade de construção comercial em Abril.

Enquanto isso, a actividade de engenharia civil da zona do euro caiu ainda mais em maio, estendendo a actual sequência de contracções para 10 meses. No geral, a taxa de declínio foi substancial, mas notavelmente mais lenta que o recorde de Abril. Dados nacionais revelaram um declínio na engenharia civil nas três maiores economias da zona do euro.

Em Portugal


A Construção em Portugal atravessa, em paralelo aos outros sectores da economia, um período difícil, mas com um menor impacto imediato na sua actividade, uma vez que a declaração de Estado de Emergência não obrigou à suspensão das obras. De acordo com a Conjuntura da Construção relativa ao mês de Maio de 2020, divulgada pela AICCOPN e a AECOPS, a estimativa rápida do PIB elaborada pelo INE para o primeiro trimestre de 2020 aponta para uma queda homóloga de 2,4% e uma redução de 3,9%, face ao último trimestre de 2019, ambas em termos reais. Segundo o INE, “A contracção da actividade económica reflecte o impacto da pandemia COVID-19 que já se fez sentir significativamente no último mês do trimestre.” De salientar que não se registava uma variação homóloga negativa do PIB desde o 3º trimestre de 2013.

Relativamente ao sector da Construção em particular, de acordo com o Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas - COVID19, promovido pelo INE, e analisando os resultados apurados na semana de 20 a 24 de Abril (em pleno estado de emergência), 8,5% das empresas de construção declararam ter suspendido temporariamente a actividade ou encerrado definitivamente. Do total das empresas, 62,9% registaram uma redução no volume de negócios, e num terço dessas essa diminuição foi superior a 50%. Ainda de referir que 45,0% das empresas viram reduzido o número de pessoas efectivamente a trabalhar, sendo que 24,1% dessas apontaram para uma diminuição superior a 50% no número de trabalhadores.

Em termos quantitativos o Índice de Produção da Construção, também da responsabilidade do INE, registou, no primeiro trimestre do ano, uma variação homóloga acumulada de -0.6%. Ainda que esta queda não seja muito expressiva, este índice, que mede a produção da construção em termos mensais, não apresentava uma variação homóloga negativa desde o final de 2016, mostrando, desde então, uma recuperação sustentada, que se verificou até Fevereiro de 2020. De igual modo, os resultados do primeiro trimestre do Inquérito ao emprego, do INE, apontam para uma redução de 2,1%, em termos homólogos, do número de trabalhadores do sector da construção, que rondaram os 302 mil até Março de 2020 (menos 6,5 mil do que no trimestre homólogo de 2019). Em termos da procura dirigida ao sector da Construção, é de assinalar que, em termos acumulados até ao último mês para o qual existe informação disponível, mantêm-se níveis positivos de intenção de investimento, quer público quer privado.

A AICCOPN e a AECOPS referem também, quando analisados os últimos números mensais "Assim, ainda que a Construção atravesse, à semelhança da generalidade dos sectores económicos, um período difícil e incerto, regista um menor impacto imediato sobre a sua actividade, uma vez que a declaração de Estado de Emergência não determinou a suspensão das obras, a exemplo do que se passou na generalidade dos países. A sua evolução dependerá, em absoluto, das medidas de recuperação económica que vierem a ser adoptadas que, no caso da Construção, tem de passar por um aumento significativo do investimento público".


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