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  • Foto do escritorJosé Neves Violante

OS PARADIGMAS DO SÉCULO XXI



Há na economia uma tendência crescente para que o relacionamento das empresas com os seus clientes se efectue com o mínimo de intermediação possível com recurso a colaboradores humanos. É mais barato, logo tem custos menores para as empresas. Estamos a começar na banca, onde a remuneração do Capital é, do meu ponto de vista, premiada de forma mais injusta e a que expõe mais o sistema. A seu tempo, com a inevitável revolução tecnológica, se exporão muito mais a outros sectores de actividade. Como vai ser remunerado o trabalho no contexto desta evolução e posteriormente em sistemas mais estáveis, é para já uma dúvida expectável.

Defendo contudo que tendo em conta que vamos no futuro viver em cada vez mais aceleradas revoluções tecnológicas, com a esperada perda de valor intelectual, por parte duma fatia maior ou menor de indivíduos inadaptados a esta dinâmica revolucionária, como se irá gerir o valor do trabalho, tendo em conta que estas minorias podem não contar como reservas de trabalho ?

Será que se introduzirão no Sistema Capitalista paradigmas que porão em causa a sua génese ou os conflitos retornarão como forma de ajustar as regras do sistema ?


O sistema tem historicamente uma capacidade de adaptação sempre surpreendente, mesmo em presença de revoluções tecnológicas, sociais e políticas. Desta vez estamos perante revoluções tecnológicas que questionam métodos, paradigmas, rácios, ritmos, etc.. Terá o sistema capacidade de adaptação e suficiente resiliência para se auto-transformar ? Dum ponto de vista Marxista decerto que não.

Será este o momento de questionar as teses de Marx ?


A tecnologia transforma na medida em que transforma, contribui para impor paradigmas. A economia como base de toda a dinâmica social, não pode ser dissociada da evolução tecnológica. O pensamento induz e determina de certa forma a evolução tecnológica, mas o dinamismo económico e social é fundamental. É da dialéctica de todos estes factores que resulta a evolução tecnológica. No entanto os sistemas são determinantes para o ritmo das revoluções tecnológicas. A informática com o conhecimento a montante que tem vindo a gerar, está a introduzir no conhecimento tecnológico novos métodos de investigação e novas ferramentas que resultam deste conjunto de factores, que já estão a por em causa muitos “dados adquiridos”.


A inteligência artificial está aí.

É já um dado adquirido.


Os computadores com o seu elemento essencial e de certa forma auto evolutivo, a algoritmia, já executam por nós tarefas que há uns vinte anos seriam completamente impensáveis. A algoritmia revolucionou completamente o conhecimento na medida em que libertou o trabalho intelectual para outro tipo de preocupações investigatórias, Induzindo dinamismo e mais qualidade impensáveis na investigação científica e tecnológica, com reflexos evidentes e cada vez mais surpreendentes, na qualidade. Embora ainda estejamos muito longe de certos paradigmas tecnológicos com os quais convivemos, embora de forma pouco clara, há já nessa aproximação muito conhecimento adquirido que pode vir a ser determinante na evolução tecnológica de que dou como exemplo a descoberta do elemento 115 (Moscóvio) que pode vir a revolucionar completamente a humanidade.


A inteligência artificial será no futuro elemento essencial e revolucionário para o abrir de horizontes por parte da humanidade. Pretendo com estes meus textos apenas alertar para a necessidade de nos prepararmos para novos paradigmas e métodos de gestão e estratégia empresarial que em todo o caso surgirão naturalmente como resultado do próprio dinamismo económico e social, onde as ciências da informação terão com certeza o seu papel a desempenhar. A questão centra-se nos métodos e ferramentas, assim como no relacionamento social e económico induzido pela revolução tecnológica e pela introdução de novos valores e padrões que já estão a determinar novas regras de relacionamento social e nas sucessivas fases de transição colocarão com certeza questões que interrogam o Sistema.


Tudo isto tem que ser pensado, mas o dinamismo revolucionário impõe um trabalho de adaptação intelectual.


José Neves Violante

Informático Jubilado


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