Engenho e Arte

24 de abr de 20203 min

A SOLUÇÃO PARA RETOMAR A AVIAÇÃO COMERCIAL PÓS COVID-19

Atualizado: 26 de abr de 2020

Uma cápsula que promete reduzir o risco de contágio de passageiros em voos comerciais

A AvioInteriors, uma empresa italiana que produz interiores de cabine para aviões, incluindo cadeiras de passageiros, com uma experiência assumida ao longo de mais de 40 anos, projectam, certificam, fabricam e entregam produtos de alta qualidade às principais companhias aéreas e operadores assim como aos principais fabricantes de aeronaves por todo o mundo.


 
A empresa italiana, desenvolveu um novo conceito, fruto do impacto causado pelo COVID-19, no mercado aeronáutico. Nasceu assim o GLASSAFE, um forma de proteger os passageiros de voos comercias, sem obrigar a redução no load de passageiros, assegurando o distanciamento social.

Enquanto as companhias aéreas procuram novas maneiras de garantir o distanciamento social entre passageiros em voos comerciais, uma empresa italiana de design aeronáutico, lançou um produto que pode transformar para sempre a imagem que temos das viagens em aviões. Para responder ao desafio que o COVID-19 representa para a indústria, a AvioInteriors desenvolveu uma divisória higiénica, o “Glassafe”. É feito de material transparente para tornar toda a cabine harmoniosa e esteticamente leve, mas cumprindo perfeitamente o objectivo de criar um volume isolado ao redor do passageiro, a fim de evitar ou minimizar contactos e interacções via ar entre passageiros lado a lado. Desenvolvido com o intuito de reduzir a probabilidade de contaminação por vírus entre passageiros e até mesmo tripulantes.


 
Voos mais económicos preservando o distanciamento social pós COVID-19


 
Um dos obstáculos mais difíceis que as companhias aéreas enfrentam actualmente é encontrar uma maneira de trazer de volta os clientes de forma massiva e global, isto sem violar as regras de distanciamento social. Há especialistas que defendem a separação de passageiros dentro do avião, reduzindo assim a disponibilidade de lugares consequentemente exponenciando o valor dos bilhetes. Por outro lado, há também defensores de medidas mais leves, como testar todos os passageiros para o COVID-19 antes de deixá-los embarcar no avião. Esta última, parece um pouco irrealista, na medida em que haverá sempre o risco de dezenas, se não mesmo centenas de pessoas ficarem retidas e impossibilitadas de embarcar.


 
Nenhuma destas opções é fácil de implementar. O bloqueio dos lugares do meio reduzirá drasticamente a receita das tarifas aéreas, sensivelmente um terço. Por outro lado, testar todos os passageiros funciona, mas não é provável que as companhias aéreas possam garantir um taxa de 100% de testes a passageiros, quando o objectivo é voltar a ter as mesmas taxas de ocupação pré-pandemia.


 
Apresentação do Glassafe
 

O Glassafe é feito de material transparente que permite a passagem da luz, para que os passageiros não estejam sentados na escuridão. A empresa descreve-o como uma "solução em forma de kit", o que significa que pode ser instalado com facilidade, sem modificações dispendiosas. Em suma, cria uma barreira, envolvendo cada passageiro, tendo como objectivo reduzir o risco de transmissão de ar, que pode estar possivelmente contaminado com o novo coronavírus.
 

Numa declaração sobre este novo conceito, a Aviointeriors afirmou que "O Glassafe "cria" um volume isolado em redor do passageiro para evitar ou minimizar contactos e interacções, via ar entre o passageiros, de modo a reduzir a probabilidade de contaminação."
 

O novo produto foi criado para oferecer aos passageiros a liberdade de se movimentarem dentro dos seus assentos mantendo o acesso às bolsas, mesas e IFE (equipamento de entretenimento). A empresa espera fornecer estes produtos com uma vasta variedade de acabamentos, com diferentes níveis de opacidade, para atender às necessidades individuais de cada companhia aérea.
 

Enquanto o projecto não passa disso mesmo, a Aviointeriors patenteou o produto e diz que o design está pronto a ser produzido. Em teoria, parece uma tentativa inovadora de contornar o problema global que a pandemia do COVID-19 coloca em tantos sectores. É importante salientar um factor extremamente importante neste processo, a certificação. Sem ela, ou seja, sem o aval das autoridades aeronáuticas, este projecto não passará disso mesmo e nunca chegará à linha (voos comerciais).
 

Temos neste projecto, mais uma de tantas outras inovações, que surgiram de forma a nos adaptarmos a um "novo" mundo, aquele a que todos seremos obrigados a ver como um novo presente e futuro.
 

Este vírus causou e causará mais "feridas". Cabe-nos a nós sará-las, inovando, abrindo assim um novo caminho para o futuro. Neste campo, podemos contar com um grande aliado, a Engenharia.
 

 
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