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Foto do escritorJoaquim Nogueira de Almeida

COVID-19 NA CONSTRUÇÃO, INGLATERRA FAZ SAIR O 1º GUIA E FRANÇA PARA BREVE

Atualizado: 13 de abr. de 2020


O CONSTRUCTION LEADERSHIP COUNCIL E A BUILD UK PRODUZIRAM O TEXTO QUE PODERÁ TORNAR-SE O CÓDIGO DE PRÁTICA MAIS IMPORTANTE DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PARA DEFINIR OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS NOS ESTALEIROS DURANTE O CORONAVÍRUS


NOTA: Na sequência do meu artigo anterior sobre a continuidade de produção na construção "A CONSTRUÇÃO NÃO PRECISA DE CANTAR O FADO" que também pode ver aqui temos neste momento 2 países a iniciarem a implementação de um GUIA PRÁTICO para continuar a produção nos Estaleiros de Obra


Os líderes da indústria da construção em Inglaterra e França estão convencidos de que os negócios devem continuar, tanto no local como no exterior mas também todos reconhecem a necessidade de repensarem os procedimentos, fazendo o possível para cumprir às mais recentes instruções dos governos.



INGLATERRA

"Estas são circunstâncias excepcionais e o sector deve cumprir os mais recentes conselhos do governo sobre coronavírus ", diz o documento inglês que pretende ser o guia de boas práticas de produção em obra face ao covid-19

Entre os pontos principais estão: - Os trabalhadores em estaleiro de obra devem estar a dois metros um do outro sempre, conforme instruções do governo, inclusive na cantina. Na verdade, é melhor fechar a cantina e levar as pessoas a trazer seus próprios almoços. - Os horários de início dos trabalhos em obra devem ser escalonados para evitar congestionamentos nos portões. - Todos os funcionários das obras são convidados a usar a sua própria viatura ou andar de bicicleta ou a pé, para o trabalho e evitar o transporte público, se possível. - Os scanners de impressão digital e outros sistemas de segurança que requerem toque manual devem ser desactivados. - Reduzir o número de pessoas presentes em locais confinados e considerar mantê-las ao ar livre sempre que possível. - Os EPI reutilizáveis ​​devem ser cuidadosamente limpos após o uso e não compartilhados entre os trabalhadores. Os EPI de uso único devem ser descartados para que não possam ser reutilizados. - Devem-se usar preferencialmente as escadas em vez elevadores. No caso a utilização deste ultimo considerar transportar pessoas sozinhas. - Necessidade de muita limpeza e pulverização abundante além de desinfectantes para as mãos presentes em todos os lugares. - Procedimentos de limpeza especiais devem ser implementados em todo a obra, principalmente nas áreas comuns e em pontos de contacto, incluindo:

  1. Torneiras e instalações de lavagem

  2. Autoclismo e assentos

  3. Maçanetas e placas de pressão

  4. Corrimãos em escadas e corredores

  5. Botões de elevadores e outros de equipamentos de elevação

  6. Controles de máquinas e equipamentos

  7. Preparação de alimentos e superfícies alimentares

  8. Equipamentos de comunicação (telefones, rádios, etc)

  9. Teclados, fotocopiadoras e outros equipamentos de escritório.


O guia diz: “As regras habituais de Higiene, Segurança e Saúde de qualquer actividade de construção também não devem ser comprometidos neste momento. Se uma actividade não puder ser realizada com segurança devido à falta de pessoal adequadamente qualificado disponível ou à implementação da regra de distanciamento social, ela não deverá ocorrer”. Além disso, acrescenta que, se um estaleiro não estiver a implementar totalmente as medidas definidas aqui, pode vir a ser necessário ser encerrado.




O documento completo efectuado para Inglaterra, Procedimentos operacionais do Estaleiro - Proteja a sua força de trabalho, pode ser visto aqui em https://t.co/k2tmJ9k3PN



FRANÇA


Em França o Conselho Superior da Construção tem estado em diversas reuniões com as várias associações profissionais da Industria da Construção Civil e hoje informaram que "Gostaria que o Conselho Superior de Construção e Eficiência Energética (CSCEE) se tornasse de alguma forma a nossa torre de controle neste período de crise", explicou Patrick Liébus, Presidente da Confederação de Artesanato e Pequenas Empresas do edifício (Capeb). O Conselho deve agora reunir-se semanalmente, obviamente em videoconferencia.   "O guia poderá estar pronto para ser implementado a partir da próxima segunda-feira", garante-nos o presidente dos artesãos da construção. "Todos estamos a caminhar na mesma direcção, incluindo os quatro sindicatos de funcionários do sector (excepto a CGT), para que o guia apareça e seja amplamente distribuído", continua Patrick Liébus. "Pedi que fizéssemos um documento que possa ser distribuído aos nossos membros, com as regras que a empresa deve respeitar e as regras que eles também devem respeitar. É claro que existe a distância mínima respeitar entre as pessoas, mas também os conceitos de equipamentos (luvas, óculos, gel, máscaras ...), a presença de uma pia com sabão ..."


Se a segurança não for garantida, "não retomaremos a actividade" E PORTUGAL?


A FEPICOP , Federação Portuguesa de Construção e Obras Publicas, continua a não anunciar nada no seu site, bem como o IMPIC , o Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção.

Entretanto há obras que pararam com as próximas consequências para a economia das empresas, das pessoas e país, e outras continuam sem implementar as regras necessárias para não passarem a ser um factor de contágio entre os seus trabalhadores e subempreiteiros, que certamente se alargará de seguida à sociedade em geral.


QUEM GANHA COM ESTA ANARQUIA? NÃO SERÁ O PAÍS CONCERTEZA, MAS AS EMPRESAS PARECE QUE TAMBÉM NÃO ESTÃO MUITO PREOCUPADAS.



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